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Compartilhamento de bicicletas e patinetes aumenta nas grandes cidades

                                                                                                                                                 

                                                                                                                                                         

                                                                                                                                                         Por: Clarissa Brait

Os sistemas de compartilhamento estão sendo mais reconhecidos pela população de grandes cidades

       Os sistemas de compartilhamento de bicicletas e patinetes estão, cada vez mais, aumentando nas grandes cidades, entre as quais está a capital paulista. Eles são considerados uma nova alternativa para a mobilidade urbana, chegando a funcionar como um complemento para os transportes públicos de São Paulo.

       Os serviços estão regularizados na capital paulista desde 2017, com o objetivo de colaborar para a diminuição do trânsito e da poluição em cidades grandes, como São Paulo.

       Esses sistemas de compartilhamento fazem parte do Plano Estratégico e são componentes do sistema cicloviário da cidade. Sua regularização é feita pelo decreto municipal 57.889/2017. De acordo com uma das regras, o preço máximo que pode ser cobrado pelo serviço é R$8,00.

        Esses serviços funcionam dentro do sistema chamado dockless, em que não é necessário devolver as bicicletas ou patinetes a um local determinado. Os veículos ficam travados e são desbloqueados pelos usuários através de aplicativos. Sendo assim, é possível encontrá-los em diversos lugares, como em frente a casas ou comércios.

       De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os veículos precisam estar de acordo com as regras para o uso de equipamentos de segurança. O uso de capacetes não é obrigatório para a utilização dos patinetes, mas para a das bicicletas sim. Além disso, não se deve andar com os veículos nas ruas, mas sim pelas calçadas e ciclofaixas, respeitando o limite de velocidade.

     Existem diversos serviços desse tipo funcionando atualmente, como as empresas Yellow e Grin, os sistemas do Itáu e do Bradesco, e o Bike Sampa. Eles utilizam aplicativos, que servem para ajudar os usuários a procurar a bicicleta ou o patinete mais próximo de sua localização e desbloquear esses veículos.

       Os primeiros sistemas de compartilhamento de bicicletas foram o do Itáu e o do Bradesco, nos quais as pessoas devem ir até as estações, localizadas em diversos pontos da cidade, e pegar os veículos. O primeiro serviço de bicicletas livres, sem lugar fixo nas ruas ou estações nos quais elas devem ser deixadas, foi a plataforma Yellow, que surgiu em 2018.

      

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Estação de bicicletas do sistema do Itaú. Foto por: Clarissa Brait.

       Os patinetes foram adquiridos algum tempo após as bicicletas. As duas primeiras empresas a distribuir esses veículos pela cidade foram a Scoo e a Ride, influenciadas pelo grande uso de patinetes da empresa Bird na Califórnia.

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Utilizadora de patinete da Grin. Foto por: Clarissa Brait.

       Por se tratarem de uma grande novidade, esses serviços também estão sendo muito utilizados pelos sistemas de entregas, como o Uber Eats, Ifood, Rappi, entre outros.

       De acordo com Helena Green, utilizadora dos sistemas de compartilhamento, que se interessou pelos serviços após ver as bicicletas na rua e achar interessante, o serviço funciona ao se colocar créditos na carteira virtual do aplicativo. Para encontrar um dos meios de locomoção é necessário abrir a aplicação e escanear o QR code. Assim, será cobrada uma taxa para destravar o cadeado e mais alguns centavos por minuto. Segundo ela, os serviços são ótimos e têm chance de prosperar, podendo ser a solução para o trânsito e o problema relacionado ao dióxido de carbono (CO2). Porém, seu ponto negativo é o fato de as pessoas não cuidarem dos veículos. Muitos são encontrados com rodas amassadas, sem as cestas ou até mesmo com o guidão quebrado.

          Há muitos ciclistas, como o ciclista Erik Souza, que consideram os sistemas como uma ótima opção para o complemento de viagens nas regiões onde há muito trânsito. Porém, para Erik, esses sistemas de compartilhamento não são vistos como uma solução de mobilidade por estarem somente disponíveis em regiões muito desenvolvidas onde o público não é o que mais sofre com os problemas de trânsito. O ciclista Erik, vê as bicicletas e patinetes compartilhados como uma ótima alternativa para atividades de lazer aos finais de semana. 

       De acordo com uma enquete realizada pela autora em 2019 por meio das redes sociais, apenas 30% das pessoas utilizam os sistemas. Dentro desses 30%, 20% utilizam os patinetes e 80% utilizam as bicicletas. Resultados mostrados no infográfico abaixo. Apesar de cerca de 70% das pessoas não utilizarem os sistemas de compartilhamento, como mostra o infográfico abaixo, a maioria delas acredita que eles podem se tornar uma alternativa ou até mesmo uma solução para os problemas relacionados à mobilidade nas grandes cidades. Porém, para isso são necessárias melhorias em infraestrutura e uma maior conscientização das pessoas, para que usem cada vez mais os serviços.

Jornal-laboratório do curso de Jornalismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo - Edição: Dezembro de 2019

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