O retorno dos antigos drive-in, um tanto “fora” de época, traz consigo histórias de amor, felicidade e tradição. Com seu surgimento em 1932 e chegada ao Brasil apenas em 1960, a maioria dos drive-in foi fechada com o passar dos anos. Esse sucesso dos anos 70, no entanto, está se tornando cada vez mais frequente, em pleno século 21. O Cine Drive-In, em Brasília, por exemplo, foi inaugurado em 1973 e se mantém até hoje como patrimônio cultural do Distrito Federal.

         Em entrevista com o coordenador do projeto Cine Autorama, Marco Costa (35) da Brazucah Filmes, é possível entender o retorno dessa tendência. Apesar de formado em publicidade, Marco começou a trabalhar há muitos anos com projetos culturais.  “Juntamente com a Brazucah Filmes, o projeto nasceu em 2015, no estacionamento de um shopping na cidade de São Paulo. Apesar de ser alavancado em 2015, a ideia nasceu em 2014 e teve como contratempo a falta de parceiros que pudessem visibilizar o projeto”, relata.

         Com outros projetos ligados ao ramo do cinema, a Brazucah decidiu tentar algo novo e diferente, nascendo assim a ideia de trazer esse modo de exibição muito utilizado antigamente. Marco afirma que “o objetivo principal do projeto, juntamente com a produtora é a democratização de acesso ao audiovisual”, podendo levar assim diferentes formatos de exibição pelas cidades de todo o país, sendo que a maioria delas não possuem salas de cinema. 

         Costa diz também que os ingressos são sempre gratuitos, pois eles trabalham com leis de incentivo, procurando empresas que visibilizem o evento e que ele possa ser então acessível a toda população.

Assim como o Cine Autorama, vários outros projetos do mesmo ramo estão sendo montados por toda a grande São Paulo. Recentemente, houve o Shell Open Air, no Jockey Club.

         Praça Victor Civita, Cine Vista e Casa das Rosas são alguns dos milhares lugares que trazem um cinema diferenciado, que apesar de serem sucesso dos anos 70, são um tanto quanto modernos. Para você que é amante de um filme à “moda antiga”, vale a pena visitá-los.